Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 15 de 15
Filter
1.
Arq. neuropsiquiatr ; 81(7): 670-684, July 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1505755

ABSTRACT

Abstract The human gut microbiota is a complex ecosystem made of trillions of microorganisms. The composition can be affected by diet, metabolism, age, geography, stress, seasons, temperature, sleep, and medications. The increasing evidence about the existence of a close and bi-directional correlation between the gut microbiota and the brain indicates that intestinal imbalance may play a vital role in the development, function, and disorders of the central nervous system. The mechanisms of interaction between the gut-microbiota on neuronal activity are widely discussed. Several potential pathways are involved with the brain-gut-microbiota axis, including the vagus nerve, endocrine, immune, and biochemical pathways. Gut dysbiosis has been linked to neurological disorders in different ways that involve activation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis, imbalance in neurotransmitter release, systemic inflammation, and increase in the permeability of the intestinal and the blood-brain barrier. Mental and neurological diseases have become more prevalent during the coronavirus disease 2019pandemic and are an essential issue in public health globally. Understanding the importance of diagnosing, preventing, and treating dysbiosis is critical because gut microbial imbalance is a significant risk factor for these disorders. This review summarizes evidence demonstrating the influence of gut dysbiosis on mental and neurological disorders.


Resumo A microbiota intestinal humana é um ecossistema complexo feito de trilhões de microrganismos, cuja composição pode ser afetada pela dieta, pelo metabolismo, pela idade, geografia, pelo estresse, pelas estações do ano, pela temperatura, pelo sono e por medicamentos. A crescente evidência sobre a existência de uma correlação estreita e bidirecional entre a microbiota intestinal e o cérebro indica que o desequilíbrio intestinal pode desempenhar um papel vital no desenvolvimento, na função e nos distúrbios do sistema nervoso central. Os mecanismos de interação entre a microbiota intestinal e a atividade neuronal são amplamente discutidos. Várias vias potenciais estão envolvidas com o eixo microbiota-intestino-cérebro, incluindo o nervo vago e as vias endócrinas, imunes e bioquímicas. A disbiose intestinal tem sido associada a distúrbios neurológicos de diferentes maneiras que envolvem a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, o desequilíbrio na liberação de neurotransmissores, a inflamação sistêmica e o aumento da permeabilidade das barreiras intestinal e hematoencefálica. As doenças mentais e neurológicas tornaram-se mais prevalentes durante a pandemia de coronavirus disease 2019 e são uma questão global essencial na saúde pública. Compreender a importância de diagnosticar, prevenir e tratar a disbiose é fundamental porque o desequilíbrio microbiano intestinal é um fator de risco significativo para esses distúrbios. Esta revisão resume as evidências que demonstram a influência da disbiose intestinal em distúrbios mentais e neurológicos.

2.
Article in Portuguese | LILACS, BDENF, SaludCR | ID: biblio-1520863

ABSTRACT

Introdução: A disbiose pode estar relacionada à hábitos alimentares ruins e alterações metabólicas que podem contribuir para o excesso de peso. Objetivo: Avaliar as escolhas alimentares que modulam a microbiota intestinal e a associação entre a saúde intestinal e o peso corporal de indivíduos adultos. Método: Estudo analítico, correlacional-descritivo e transversal realizado com 99 participantes, adultos, de ambos os sexos. Utilizou-se um Questionário Sociodemográfico e de Frequência Alimentar para coletar dados sociodemográficos, peso corporal, altura, frequência de consumo de alimentos fontes de prebióticos e probióticos e o Questionário de Rastreamento Metabólico (QRM), para investigar a saúde intestinal. O estudo ocorreu de forma online, via Google forms, sendo divulgado através das redes sociais (Facebook, Instagram, WhatsApp). Realizou-se uma análise descritiva dos dados e para associação entre variáveis empregou-se o teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Do total de participantes, 74,7% eram mulheres. Quanto à classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), 60,6% apresentaram eutrofia 24,2% sobrepeso e 9,1% algum grau de obesidade. Os alimentos fontes de probióticos e prebióticos mais consumidos foram queijo, iogurte, leites fermentados e banana, maçã, aveia, respectivamente. Porém, são alimentos que não fazem parte do consumo diário para a maioria dos participantes. Não houve diferença significativa entre a associação com IMC com sexo, escore final do QRM e somatório final dos sintomas gastrointestinais (p=0,76, p=0,29, p=0,70), respectivamente. Conclusão: Nota-se uma baixa frequência de consumo de alimentos que auxiliam na saúde intestinal. No entanto, não foi constatado que o peso corporal exerce influência na composição da microbiota intestinal.


Introducción: La disbiosis puede estar relacionada con malos hábitos alimentarios y alteraciones metabólicas que pueden contribuir al sobrepeso. Objetivo: Evaluar las elecciones alimentarias que modulan la microbiota intestinal y la asociación entre la salud intestinal y el peso corporal en personas adultas. Método: Estudio analítico, correlacional-descriptivo y transversal realizado con 99 personas participantes adultas de ambos sexos. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y de frecuencia alimentaria para recoger datos sociodemográficos, peso corporal, altura, frecuencia de consumo de fuentes alimentarias de prebióticos y probióticos y el Cuestionario de Seguimiento Metabólico para investigar la salud intestinal. El estudio se realizó online, a través de formularios de Google, siendo difundido a través de redes sociales (Facebook, Instagram, WhatsApp). Se realizó un análisis descriptivo de los datos y para la asociación entre variables se empleó el test Chi-cuadrado de Pearson. Resultados: Del total de participantes, el 74.7 % fueron mujeres. En cuanto a la clasificación del Índice de Masa Corporal, el 60.6 % eran personas eutróficas, el 24.2 % con sobrepeso y el 9.1% personas obesas. Los alimentos fuente de probióticos y prebióticos más consumidos fueron el queso, el yogur, las leches fermentadas, el plátano, la manzana y la avena. Sin embargo, se trata de alimentos que no forman parte del consumo diario de la mayoría de los participantes. No hubo diferencias significativas entre la asociación del Índice de Masa Corporal con el sexo, la puntuación final del Cuestionario de Seguimiento Metabólico y la suma final de síntomas gastrointestinales (p=0.76, p=0.29, p=0.70), respectivamente. Conclusiones: Se observa una baja frecuencia de consumo de alimentos que ayudan a la salud intestinal. Sin embargo, no se encontró que el peso corporal ejerza influencia sobre la composición de la microbiota intestinal.


Introduction: Dysbiosis may be related to poor eating habits and metabolic changes that can contribute to being overweight. Objective: To evaluate the food choices that modulate the gut microbiota and the association between gut health and body weight in adult individuals. Method: Analytical, correlational-descriptive, cross-sectional study conducted with 99 adult participants of both sexes. A Sociodemographic and Food Frequency Questionnaire was used to collect sociodemographic data, body weight, height, and frequency of consumption of food sources of prebiotics and probiotics; and the Metabolic Tracking Questionnaire was applied to investigate gut health. The study took place online, via Google Forms, and was disseminated through social media (Facebook, Instagram, WhatsApp). A descriptive analysis of the data was performed and for association between variables, the Pearson's Chi-square test was used. Results: Of the total number of participants, 74.7% were women. As for the classification of Body Mass Index, 60.6% were eutrophic, 24.2% were overweight, and 9.1% were somewhat obese. The most consumed probiotic and prebiotic food sources were cheese, yogurt, fermented kinds of milk; and banana, apple, and oatmeal, respectively. However, these are foods that are not part of the daily consumption for most participants. There was no significant difference between the association of the Body Mass Index with the sex of the participants or the final Metabolic Tracking Questionnaire score and the final sum of gastrointestinal symptoms (p=0.76, p=0.29, p=0.70). Conclusion: A low frequency of consumption of foods that aid intestinal health is noted. However, body weight was not found to influence the composition of the gut microbiota.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Feeding Behavior/psychology , Gastrointestinal Microbiome , Diet, Food, and Nutrition , Brazil
3.
Arq. gastroenterol ; 60(1): 144-154, Jan.-Mar. 2023.
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439399

ABSTRACT

ABSTRACT Background: Alzheimer's disease (AD) is a progressive and irreversible neurodegenerative disease, characterized by the accumulation of amyloid plaques and neurofibrillary tangles in the brain. Several pathways enable bidirectional communication between the central nervous system (CNS), the intestine and its microbiota, constituting the microbiota-gut-brain axis. Objective: Review the pathophysiology of AD, relate it to the microbiota-gut-brain axis and discuss the possibility of using probiotics in the treatment and/or prevention of this disease. Methods: Search of articles from the PubMed database published in the last 5 years (2017 to 2022) structure the narrative review. Results: The composition of the gut microbiota influences the CNS, resulting in changes in host behavior and may be related to the development of neurodegenerative diseases. Some metabolites produced by the intestinal microbiota, such as trimethylamine N-oxide (TMAO), may be involved in the pathogenesis of AD, while other compounds produced by the microbiota during the fermentation of food in the intestine, such as D-glutamate and fatty acids short chain, are beneficial in cognitive function. The consumption of live microorganisms beneficial to health, known as probiotics, has been tested in laboratory animals and humans to evaluate the effect on AD. Conclusion: Although there are few clinical trials evaluating the effect of probiotic consumption in humans with AD, the results to date indicate a beneficial contribution of the use of probiotics in this disease.


RESUMO Contexto: A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva e irreversível, caracterizada pelo acúmulo de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares no cérebro. Diversas vias possibilitam uma comunicação bidirecional entre o sistema nervoso central (SNC), o intestino e sua microbiota, constituindo o eixo microbiota-intestino-cérebro. Objetivo Revisar a fisiopatogenia da DA, relacioná-la com o eixo microbiota-intestino-cérebro e discutir sobre a possibilidade do uso de probióticos no tratamento e/ou prevenção desta doença. Métodos: Busca de artigos da base de dados PubMed publicados nos últimos 5 anos (2017 a 2022) para estruturar a revisão narrativa. Resultados A composição da microbiota intestinal influencia o SNC, resultando em modificações no comportamento do hospedeiro e pode estar relacionada com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Alguns metabólitos produzidos pela microbiota intestinal, como o N-óxido de trimetilamina (TMAO), podem estar envolvidos na patogênese da DA, enquanto, outros compostos produzidos pela microbiota durante a fermentação de alimentos no intestino, como o D-glutamato e os ácidos graxos de cadeia curta, são profícuos na função cognitiva. O consumo de microrganismos vivos benéficos à saúde, os probióticos, tem sido testado em animais de laboratório e humanos para avaliação do efeito na DA. Conclusão Embora haja poucos ensaios clínicos que avaliem o efeito do consumo de probióticos em humanos com DA, os resultados até o momento indicam uma contribuição benéfica do uso de probióticos nesta doença.

4.
Arq. ciências saúde UNIPAR ; 27(10): 5671-5692, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1512698

ABSTRACT

A COVID-19 resultou em milhares de óbitos e até o presente momento assola diversos pacientes com as suas implicações. Uma das consequências da doença foi o isolamento social, realizado por quase todos os países, o que configurou a alteração de diversos padrões de convivência e principalmente de exposição a outros agentes não patogênicos e patogênicos essenciais para o desenvolvimento da microbiota. Com isso, o seguinte projeto tem como objetivo a descrição dos impactos da pandemia da COVID-19 na microbiota intestinal de lactentes do período pandêmico e as consequências geradas no sistema imunológico imaturo, prejudicando seu desenvolvimento e maturação. A metodologia consiste na análise e seleção de artigos científicos publicados nos últimos 10 anos com auxílio de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) específicos nas línguas inglesa e portuguesa para o tema da pesquisa, sendo a combinação dos descritores feita por meio de operadores booleanos. Conclui-se que a composição da microbiota intestinal é iniciada intraútero e influenciada pela via de parto, contato pele a pele após o nascimento e pela presença da amamentação materna. A modificação das práticas durante a pandemia da COVID-19, pode alterar a microbiologia neonatal, assim como impactar na maturação do sistema imunológico do lactente, predispondo futuramente à doenças gastrointestinais, metabólicas e atópicas, como asma.


COVID-19 has resulted in thousands of deaths and until now is affecting many patients with its implications. One of the consequences of the disease was social isolation, carried out by almost all countries, which resulted in changes in different patterns of coexistence and mainly exposure to other non-pathogenic and pathogenic agents essential for the development of the microbiota. Therefore, the following project aims to describe the impacts of the COVID-19 pandemic on the microbiota of infants during the pandemic period and the consequences generated on the immature immune system, damaging its development and maturation and relating microbiology, essentially intestinal, throughout the project. The methodology consists of the analysis and selection of scientific articles published in the last 10 years with the help of specific Health Sciences Descriptors in English and Portuguese for the research topic, with the combination of descriptors made using Boolean operators. It is concluded that the composition of the intestinal microbiota begins in utero and is influenced by the mode of delivery, skin-to- skin contact after birth, and the presence of maternal breastfeeding. Modifying practices during the COVID-19 pandemic may alter neonatal microbiology and impact the maturation of the infant's immune system, potentially predisposing them to future gastrointestinal, metabolic, and atopic diseases such as asthma.


El COVID-19 ha provocado miles de muertes y todavía afecta a muchos pacientes con sus implicaciones. Una de las consecuencias de la enfermedad fue el aislamiento social, llevado a cabo por casi todos los países, que resultó en cambios en diferentes patrones de convivencia y principalmente exposición a otros agentes patógenos y no patógenos esenciales para el desarrollo de la microbiota. Com eso, el siguiente proyecto tiene como objetivo describir los impactos de la pandemia de COVID-19 en la microbiota de los lactantes durante el periodo pandémico y las consecuencias generadas sobre el sistema inmunológico inmaduro, perjudicando su desarrollo y maduración y relacionando la microbiología, fundamentalmente intestinal, a lo largo del proyecto. La metodología consiste en el análisis y selección de artículos científicos publicados en los últimos 10 años con la ayuda de Descriptores en Ciencias de la Salud específicos en inglés y portugués para el tema de investigación, con la combinación de descriptores realizada mediante operadores booleanos. Se concluye que la composición de la microbiota intestinal comienza intraútero y está influenciada por la vía de parto, el contacto piel a piel después del nacimiento y la presencia de la lactancia materna. La modificación de las prácticas durante la pandemia de COVID-19 puede alterar la microbiología neonatal y afectar la maduración del sistema inmunológico del lactante, predisponiéndolo potencialmente a enfermedades gastrointestinales, metabólicas y atópicas en el futuro, como la asma.

5.
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1518148

ABSTRACT

Studies on the interactions between the intestinal microbiome and its host have strengthened in the last decade. However, publications on this topic in dogs still need to be made available, reinforcing the need for new studies and literary data for consultation. Given this, this review aims to describe the intestinal microbiome and its interactions with the canine host, which can contribute to both health and morbid conditions in these animals. The definition of microbiome encompasses the collective genome of all microorganisms that live in a defined habitat (intestine). It is known that the dog's intestinal microbiota is varied, composed of bacteria, archaea, viruses, fungi, and protozoa. Under normal conditions, there is commensalism between some of these microorganisms and the host, which promotes critical physiological relationships and interactions that contribute to homeostasis and the consequent health of the animal. With this in mind, it is expected that the disturbances associated with the microbiome will result in imbalances in this commensal relationship and thus precipitate the development of diseases and aggravation of other diseases, thus characterizing intestinal dysbiosis.(AU)


Os estudos sobre as interações entre o microbioma intestinal e o seu hospedeiro ganharam força na última década. Entretanto, as publicações acerca de tal temática em cães ainda são escassas, o que reforça a necessidade de novos estudos e dados literários para consultas. Frente a isso, o objetivo da presente revisão é descrever sobre o microbioma intestinal e suas interações e principais efeitos no cão, os quais podem contribuir tanto para a higidez quanto para quadros mórbidos desses animais. A definição de microbioma engloba o genoma coletivo de todos os microrganismos que vivem em habitat definido (intestino). É sabido que a microbiota intestinal do cão é muito variada, sendo composta por bactérias, arqueas, vírus, fungos e protozoários. Em condições normais, há o comensalismo entre alguns desses microrganismos e o hospedeiro, o que promove importantes relações e interações fisiológicas que contribuem sobremaneira para a homeostasia e consequente saúde do animal. Ciente disso, é de se esperar que os distúrbios associados ao microbioma resultarão em desequilíbrios nessa relação comensal e, assim, precipitar o desenvolvimento de doenças e/ou agravamento de outras moléstias, caracterizando, assim, a disbiose intestinal.(AU)


Subject(s)
Animals , Dogs/microbiology , Gastrointestinal Microbiome , Dysbiosis
6.
J. Health Biol. Sci. (Online) ; 10(1): 1-9, 01/jan./2022. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1411337

ABSTRACT

Objetivos: evidenciar as relações e a existência do agravamento do Transtorno do Espectro Autista devido à disbiose intestinal. Métodos: revisão integrativa realizada segundo a pergunta norteadora: Existe comprovação científica entre a relação do TEA e disbiose intestinal que favoreça a melhora na prática clínica e indicações de possíveis respostas? Buscou-se por artigos publicados entre janeiro de 2016 e janeiro de 2021, nas bases de dados: PubMed, SciELO, LILACS, GOOGLE ACADÊMICO. Foram utilizados os descritores (DeCS): "Transtorno do Espectro Autista"; "Microbiota gastrointestinal"; "Disbiose", associados pelo operador booleano "E". Foram incluidos artigos de revisões bibliográficas, completos, originais, limitados aos idiomas inglês e português brasileiro, publicados nos últimos cinco anos, e que, após leitura do resumo, estivessem dentro do escopo da revisão. Resultados: Foram identificados 52 manuscritos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram considerados 11 artigos que evidenciam o agravamento do TEA por fatores intrínsecos à microbiota intestinal. Conclusão: existe importante influência causal do eixo bidirecional cérebro-intestino-microbiota na etiologia e exacerbaçao das manifestações clínicas do Transtorno do Espectro Autista devido à disbiose intestinal e aos fatores gastrointestinais de origem idiopática.


Objectives: to highlight the relationships and the existence of Autistic Spectrum Disorder aggravation due to intestinal dysbiosis. Methods: integrative review conducted according to the guiding question: Is there scientific evidence of the relationship between ASD and intestinal dysbiosis that favors improvement in clinical practice and indications of possible answers? We searched for articles published between January 2016 and January 2021 in databases: PubMed, SciELO, LILACS, and GOOGLE ACADEMIC. The following descriptors (DeCS) were used: "Autistic Spectrum Disorder"; "Gastrointestinal microbiota"; "Dysbiosis", associated with the Boolean operator "AND". We included literature review articles, complete, original, limited to English and Brazilian Portuguese languages, published in the last five years, and which, after reading the abstract, were within the scope of the review. Results: 52 manuscripts were identified, and after applying the inclusion and exclusion criteria, 11 articles were considered that show the worsening of ASD due to factors intrinsic to the intestinal microbiota. Conclusion: there is an important causal influence of the bidirectional brain-gut-microbiota axis in the etiology and exacerbation of clinical manifestations of Autism Spectrum Disorder due to intestinal dysbiosis and gastrointestinal factors of idiopathic origin.


Subject(s)
Autism Spectrum Disorder , Alkalies , Dysbiosis , Microbiota , Gastrointestinal Microbiome , LILACS , Literature
7.
ABCD (São Paulo, Online) ; 35: e1707, 2022. graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1419809

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND: Dysbiosis of the gut microbiota is frequently found in cases of obesity and related metabolic diseases, such as type 2 diabetes mellitus. The composition of the microbiota in diabetics is similar to that of obese people, thereby causing increased energy uptake efficiency in the large intestine of obese people, maintenance of a systemic inflammatory state, and increased insulin resistance. Bariatric surgery seems to entail an improvement in gut dysbiosis, leading to an increased diversity of the gut microbiota. AIMS: This study aimed to present a literature review on obesity-associated gut dysbiosis and its status post-bariatric surgery. METHODS: A systematic review of primary studies was conducted in PubMed, SciELO, BIREME, LILACS, Embase, ScienceDirect, and Scopus databases using DeCS (Health Science Descriptors) with the terms "obesity," "intestinal dysbiosis," "bariatric surgery," and "microbiota." RESULTS: We analyzed 28 articles that had clinical studies or literature reviews as their main characteristics, of which 82% (n=23) corresponded to retrospective studies. The sample size of the studies ranged from 9 to 257 participants and/or fecal samples. The epidemiological profile showed a higher prevalence of obesity in females, ranging from 24.4 to 35.1%, with a mean age of around 25-40 years. There was a variation regarding the type of bariatric surgery, migrating between the Roux-en-Y bypass, adjustable gastric banding, and vertical gastrectomy. Of the 28 studies, 6 of them evaluated the gut microbiota of obese patients undergoing bariatric surgery and their relationship with type 2 diabetes mellitus/glucose metabolism/insulin resistance. CONCLUSIONS: The intestinal microbiota is an important influencer in the regulation of the digestive tract, and obese individuals with comorbidities (diabetes mellitus, hypercholesterolemia, and metabolic syndrome) present important alterations, with an unbalance normal state, generating dysbiosis and the proliferation of bacterial species that favor the appearance of new diseases. Patients who undergo bariatric surgery present an improvement in the intestinal microbiota imbalance as well as reversibility of their comorbidities, increasing their life expectancy.


RESUMO RACIONAL: A disbiose da microbiota intestinal é encontrada frequentemente em casos de obesidade e doenças metabólicas relacionadas, como a diabetes mellitus tipo 2. A composição da microbiota em diabéticos é semelhante à de obesos, causando um aumento da eficiência de captação de energia no intestino grosso de obesos, manutenção de um estado inflamatório sistêmico e maior resistência à insulina. A cirurgia bariátrica parece acarretar em uma melhora da disbiose intestinal, levando ao aumento de diversidade da microbiota intestinal. OBJETIVOS: Este artigo apresenta uma revisão de literatura sobre a disbiose intestinal associada a obesidade e seu status pós cirurgia bariátrica. MÉTODOS: Uma revisão sistemática de estudos primários foi realizada em bases de dados PubMed, SciELO, BIREME, LILACS, Embase, ScienceDirect e Scopus utilizando o Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) com os termos: "obesidade", "disbiose intestinal", "cirurgia bariátrica" e "microbiota". RESULTADOS: Foram analisados 28 artigos que tinham como característica principal serem estudos clínicos ou revisões de literatura, dos quais 82%, n=23, correspondem a estudos retrospectivos. O tamanho das amostras dos estudos variou de 9 a 257 participantes e/ou amostras fecais. O perfil epidemiológico mostrou haver maior prevalência de obesidade no sexo feminino, variação de 24,4 a 35,1%, com idade média em torno dos 25 a 40 anos. Houve uma variação com relação ao tipo de cirurgia bariátrica, migrando entre a Bypass em Y-de-Roux, Banda gástrica ajustável e gastrectomia vertical. Dos 28 estudos, 6 deles avaliaram a microbiota intestinal de obesos submetidos à cirurgia bariátrica e sua relação com diabetes mellitus tipo 2/metabolismo da glicose/resistência insulínica. CONCLUSÕES: A microbiota intestinal é um importante influenciador na regulação do aparelho digestivo, e que indivíduos obesos com comorbidades (diabetes mellitus, hipercolesterolemia e síndrome metabólica) apresentam alterações importantes, com desequilíbrio do seu estado normal, gerando disbiose e a proliferação de espécies bacterianas que favorecem o aparecimento de novas doenças. Pacientes submetidos a cirurgia bariátrica apresentam melhora do desequilíbrio da microbiota intestinal, bem como uma reversibilidade de suas comorbidades, elevando a expectativa de vida.

8.
Rev. Soc. Clín. Med ; 20(1): 22-27, 202203.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1428635

ABSTRACT

Background: The treatment of Clostridioides difficile is based on an antibiotics cycle, but for individuals who have more than two recurrences, fecal microbiota transplantation can be considered as a therapeutic option. Objective: To describe the technique and results of fecal microbiota transplantation performed for recurrent infection by Clostridioides difficile. Methods: Retrospective, cross-sectional study based on a review of medical records of patients undergoing transplantation of fecal microbiota. Data were obtained on the criteria used to select the donor, the preparation of stools in the laboratory and the method of delivery of the material offered, as well as information regarding the characteristics of the recipient, such as: gender, age, comorbidities, hospitalizations, use of antibiotics prior to infection, clinical presentation, diagnosis and treatments performed for Clostridioides difficile. After transplantation, data on efficacy, outcome, follow-up time and procedure complications were considered. Results: Between 2012 and 2019, 11 patients underwent fecal microbiota transplantation. The use of antibiotics prior to infection occurred in 9 patients, no patient was hospitalized in the previous 6 months due to another etiology. All had at least 2 cycles of vancomycin for recurrent disease. Of the total of 11 patients, 2 required 2 infusions and 1 patient required 3, totaling 15 fecal microbiota transplants. The success rate was 81.8% with only one infusion and 90.9% resolution considering patients who needed more than one infusion. Conclusion: Fecal microbiota transplantation is a feasible therapy with resolution in 90.9% of cases as a treatment for recurrent Clostridioides difficile infection.


Contexto: O tratamento do Clostridioides difficile é baseado em ciclo antimicrobiano, mas para os indivíduos que apresentam mais de duas recorrências, pode-se considerar o transplante de microbiota fecal como opção terapêutica. Objetivo: Descrever a técnica e os resultados do transplante de microbiota fecal realizados para infecção recorrente por Clostridioides difficile. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal, baseado em revisão de prontuários de pacientes submetidos ao transplante de microbiota fecal. Foram obtidos dados sobre os critérios empregados para seleção do doador, o preparo das fezes e o método de entrega do material, além de informações referentes às características do receptor, como: sexo, idade, comorbidades, internamentos, uso de antimicrobiano prévio à infecção, apresentação clínica, diagnóstico e tratamentos realizados para o Clostridioides difficile. Após o transplante, dados sobre eficácia, desfecho, tempo de seguimento e complicações do procedimento foram considerados. Resultados: Entre 2012 e 2019, 11 pacientes foram submetidos ao transplante de microbiota fecal. O uso de antimicrobiano prévio à infecção ocorreu em 9 pacientes, nenhum paciente internou nos 6 meses anteriores por outra etiologia. Todos fizeram pelo menos 2 ciclos de vancomicina para doença recorrente. Do total de 11 pacientes, 2 necessitaram de 2 infusões e 1 paciente necessitou de 3, totalizando 15 transplantes de microbiota fecal. O sucesso foi de 81,8% com apenas uma infusão e resolução de 90,9% considerando pacientes que necessitaram de mais de uma infusão. Conclusão: O transplante de microbiota fecal é uma terapia factível e com resolução em 90,9% dos casos como tratamento de infecção recorrente por Clostridioides difficile.


Subject(s)
Humans , Clostridioides difficile , Clostridium Infections , Diarrhea/therapy , Fecal Microbiota Transplantation , Dysbiosis , Observational Study , Anti-Bacterial Agents/therapeutic use
9.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 42(10): 634-641, Oct. 2020. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1144164

ABSTRACT

Abstract Objective To identify clinical, microscopic, and biochemical characteristics that differentiate cytolytic vaginosis (CV) from vulvovaginal candidiasis (VVC). Methods The present cross-sectional study analyzed the vaginal contents of 24 non-pregnant women aged 18 to 42 years who were attended at the Genital Infections Clinic at Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP). They were diagnosed either with (CV = 8, VVC = 8) or without vulvovaginitis or vaginal dysbiosis (controls). The socio-demographic, clinical, and gynecological data were obtained from a detailed patient interview. Samples of the vaginal contents were collected for analysis of vaginal pH, gram stain, and specific fungal culture. The Kruskal-Wallis and Fisher exact tests were used to compare the differences between the groups. Odds ratios were used to compare the categorical variables. The significance level was considered at p < 0.05. Results Both women with CV and VVC had a lumpy vaginal discharge (p = 0,002) and vaginal hyperemia (p = 0.001), compared with controls. The inflammatory process was more intense in the VVC group (p = 0.001). In the CV group, there was statistical significance for the lactobacillus amount (p = 0.006), vaginal epithelium lysis (p = 0.001), and vaginal pH (p = 0.0002). Conclusion Cytolytic vaginosis and VVC diagnoses rarely differ on clinical characteristics but have different laboratorial findings. The present study highlights the importance of conducting an accurate investigation through laboratory tests rather than clinical criteria to avoid misdiagnosis.


Resumo Objetivo Identificar características clínicas, microscópicas e bioquímicas que diferenciam a vaginose citolítica (VC) da candidíase vulvovaginal (CVV). Métodos O presente estudo de corte transversal analisou o conteúdo vaginal de 24 mulheres não grávidas, com idades entre 18 e 42 anos, atendidas no ambulatório de Infecções Genitais do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM-UNICAMP). Elas foram diagnosticadas com (CV = 8, CVV = 8) ou sem vulvovaginite ou disbiose vaginal (controles = 8). Os dados sociodemográficos, clínicos e ginecológicos foram obtidos em uma entrevista detalhada do paciente. Amostras do conteúdo vaginal foram coletadas para análise do pH vaginal, coloração de Gram e cultura específica de fungos. Os testes exatos de Kruskal-Wallis e Fisher foram utilizados para comparar as diferenças entre os grupos. A razão de chances foi utilizada para comparar as variáveis categóricas. O nível de significância considerado foi de p < 0,05. Resultados As mulheres com VC e CVV apresentaram corrimento vaginal irregular (p = 0,002) e hiperemia vaginal (p = 0,001), em comparação aos controles. O processo inflamatório foi mais intenso no grupo CVV (p = 0,001). No grupo VC, houve significância estatística para a quantidade de lactobacilos (p = 0,006), lise do epitélio vaginal (p = 0,001) e pH vaginal (p = 0,0002). Conclusão Os diagnósticos de VC e CVV raramente diferem nas características clínicas, mas apresentam achados laboratoriais diferentes. O presente estudo destaca a importância de conduzir uma investigação precisa por meio de testes laboratoriais, em vez de critérios apenas clínicos, a fim de evitar erros de diagnóstico.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Young Adult , Candidiasis, Vulvovaginal/diagnosis , Vaginosis, Bacterial/diagnosis , Candidiasis, Vulvovaginal/pathology , Pilot Projects , Cross-Sectional Studies , Predictive Value of Tests , Vaginosis, Bacterial/pathology , Bacterial Load , Middle Aged
10.
Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.) ; 19(2): 342-346, set 24, 2020. fig, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1358402

ABSTRACT

Introdução: a microbiota intestinal representa agrupamentos de micro-organismos encarregados de exercerem várias atividades indispensáveis para a regulação da homeostase. Esta, além da manutenção funcional do trato gastrointestinal (TGI), faz interferência na regulação do eixo de conexão entre o sistema nervoso entérico (SNE) com sistema nervoso central (SNC), denominado eixo intestino-cérebro, sendo uma comunicação bidirecional. Objetivo: identificar o papel da microbiota intestinal no processo de saúde e doença do hospedeiro humano, indispensável ao estudo de infecções e desordens do sistema nervoso entérico e sua relação com patologias neurológicas. Metodologia: foi realizado revisão integrativa da literatura nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), além da Medical Publisher (PubMed). Resultados: constatou-se que a microbiota intestinal exerce influência sobre a cognição, o comportamento e também sobre o desenvolvimento neural. Além disso, a perda da homeostase do eixo intestino-cérebro pode contribuir para o surgimento de doenças mentais. Conclusão: através do estudo do eixo intestinocérebro, fica evidente a atuação da microbiota intestinal na manutenção da homeostase do SNC, bem como o seu envolvimento em várias disfunções, afetando o sistema nervoso e os intestinos, evidenciando uma via de comunicação bidirecional. Esse mecanismo é efetuado através de um sistema complexo de vias envolvendo os diversos componentes do sistema nervoso, endócrino e imunológico.


Introduction: the intestinal microbiota represents clusters of microorganisms that perform various activities that are essential for regulating homeostasis. This, in addition to the functional maintenance of the gastrointestinal tract (GIT), interferes in the regulation of the connection axis between the enteric nervous system (SNE) with the central nervous system (CNS), called the gut-brain axis, being a bidirectional communication. Objective: to identify the role of the intestinal microbiota in the health and disease process of the human host, indispensable for the study of infections and disorders of the enteric nervous system and its relation with neurological pathologies. Methodology: an integrative review of the literature was carried out in the Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences Information (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), as well as Medical Publisher (PubMed). Results: it was verified that the intestinal microbiota influences cognition, behavior and also neural development. In addition, the loss of intestinal-brain axis homeostasis may contribute to the onset of mental illness. Conclusion: through the study of the intestine-brain axis, the intestinal microbiota performance in the maintenance of CNS homeostasis is evident, as well as its involvement in various dysfunctions, affecting the nervous system and the intestines, evidencing a bidirectional communication pathway. This mechanism is effected through a complex system of pathways involving the various components of the nervous, endocrine and immune systems.


Subject(s)
Humans , Central Nervous System , Dysbiosis , Gastrointestinal Microbiome , Inflammation , Nervous System Diseases , Review , Database
11.
Rev. bras. anal. clin ; 52(2): 192-193, 20200630.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1147388

ABSTRACT

Inúmeros estudos demonstram o papel da microbiota intestinal na aquisição e evolução do SARS-CoV-2. Atua diretamente inibindo a replicação viral, assim como indiretamente modulando a resposta imune. Alguns perfis bacterianos já foram associados com uma maior gravidade dos sintomas, baseado na já bem conhecida conexão intestino-pulmão,com a produção de metabólitos bacterianos e componentes da resposta imune. Sem dúvida, o intestino pode ser alvo de futuras intervenções, através de modulação intestinal,propiciando uma nova e promissora abordagem no manejo terapêutico dos pacientes comCOVID-19.


Numerous studies demonstrate the role of the intestinal microbiota in the acquisition and evolution of SARS-CoV-2. It acts directly by inhibiting viral replication, as well as indirectly modulating the immune response. Some bacterial profiles have already been associated with a greater severity of symptoms, based on the well-known intestinelung connection, with the production of bacterial metabolites and components of the immune response. Undoubtedly, the intestine can be the target of future interventions, through intestinal modulation, providing a new and promising approach in the therapeutic management of patients with COVID-19


Subject(s)
Pneumonia , Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors , Probiotics , Severe Acute Respiratory Syndrome , Dysbiosis
12.
BrJP ; 3(2): 118-122, Jan.-Mar. 2020. tab
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1131994

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Considering the bidirectional connection between intestine and brain, the present study examined the association between migraine, lactose intolerance, and intestinal constipation in patients with status migrainosus. METHODS: This is a cross-sectional retrospective study that included 97 patients aged 20 years or older. The impact of pain was assessed by the Migraine Disability Assessment and the Headache Impact Test-6 questionnaires. The pain intensity was measured by the visual analog scale. Chi-square and Student-t tests were used for the statistical analysis. RESULTS: The sample consisted of 88.7% women, 56.8% overweight, 76.3% sedentary, 32% constipated and 23.7% lactose intolerant. Higher pain intensity (8.9±1.3) and impact pain mean was assessed by the Headache Impact Test-6 (67.6±5.3) and the Migraine Disability Assessment (36.7±26.3) in constipated patients compared to those without constipation. Lactose-intolerant patients presented higher migraine mean time (19.9±14.2) compared to lactose tolerant patients. Constipated and lactose intolerant patients presented higher prevalence of overweight (58.1 and 65.2%) and abdominal obesity (70.0 and 68.2%) compared to non-constipated and lactose tolerant patients, respectively. CONCLUSION: Although were observed in the evaluated sample a considerable prevalence of constipation and lactose intolerance, higher mean scores in the questionnaires used for pain impact and intensity in constipated patients and longer migraine diagnosis time in those with lactose-intolerance, there was no statistical significance in the association between migraine and these two gastrointestinal disorders.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ao considerar a conexão bidirecional entre intestino e cérebro, o presente estudo avaliou a associação entre enxaqueca, intolerância à lactose e constipação intestinal em pacientes em estado migranoso. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo que incluiu 97 pacientes com idade igual ou superior a 20 anos. O impacto da dor foi avaliado pelos questionários: Migraine Disability Assessment e Headache Impact Test-6. A intensidade da dor foi avaliada pela escala analógica visual. Os testes Qui-quadrado e Student-t foram utilizados para análise estatística. RESULTADOS: A amostra foi composta por 88,7% de mulheres, 56,8% com excesso de peso, 76,3% sedentários, 32% constipados e 23,7% intolerantes à lactose. Os constipados apresentaram maiores médias de impacto da dor pelo Headache Impact Test-6 (67,6±5,3) e pelo Migraine Disability Assessment (36,7±26,3) e intensidade da dor (8,9±1,3) do que os não constipados. Os pacientes intolerantes à lactose apresentaram maior média de tempo de enxaqueca (19,9±14,2) em relação aos tolerantes à lactose. Os pacientes constipados apresentaram maiores prevalências de excesso de peso (58,1 e 65,2%) e obesidade abdominal (70,0 e 68,2%) e intolerantes em relação aos sem constipação intestinal e aos tolerantes à lactose, respectivamente. CONCLUSÃO: Embora identificadas prevalências consideráveis de constipação intestinal e intolerância à lactose na amostra avaliada, além de maiores médias de pontuação nos questionários utilizados para impacto e intensidade da dor nos pacientes constipados e de maior tempo de diagnóstico da migrânea nos intolerantes à lactose, não houve significância estatística na associação entre enxaqueca e esses distúrbios gastrointestinais.

13.
Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online) ; 38: e2019080, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1092141

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To evaluate the nutritional status and gastrointestinal changes in children with autism spectrum disorder (ASD). Methods: Cross-sectional, descriptive analysis of 39 children with ASD aged between three and ten years old, registered in the participating association. Nutritional status was evaluated by body mass index/age and weight/age, according to the guidelines from the World Health Organization. In order to investigate whether gastrointestinal alterations occurred, the interviewees answered a questionnaire about the presence of these symptoms within the last 30 days. In order to evaluate food consumption, a 24-hour recall questionnaire was applied and the food reported were grouped as: gluten sources, casein and ultra-processed sources. For the statistical analysis, Epi-Info software version 7.2 was used. Multivariate logistic regression analysis was performed to evaluate the variables associated with gastrointestinal alterations. Results: There was a high prevalence of overweight children with autism spectrum disorder (64.1%). No child was underweight. Thirty-four children (84.2%) had gastrointestinal symptoms. Consumption of gluten was associated with gastrointestinal symptoms (β=0.38; 95%CI 0.07-0.75; p=0.02). Conclusions: The high prevalence of being overweight should be considered during the follow-up visits of children with ASD. The influence of gluten consumption on the presence of gastrointestinal symptoms was observed in this study, and the causes involved in these alterations need to be further investigated.


RESUMO Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a presença de alterações gastrintestinais em crianças com transtorno do espectro autista. Métodos: Estudo transversal, descritivo, composto por 39 crianças autistas com idades entre três e dez anos, cadastradas na associação participante. O estado nutricional foi analisado a partir do índice de massa corporal/idade e do peso/idade, tendo como referências as curvas da Organização Mundial da Saúde. Para investigação das alterações gastrintestinais, o entrevistado respondeu sobre a presença de alterações nos últimos 30 dias. Na avaliação do consumo alimentar foi aplicado um recordatório de 24 horas e os alimentos listados foram categorizados em: fontes de glúten, fontes de caseína e ultraprocessados. A análise estatística utilizou o software Epi-Info, versão 7.2. Foi realizada a análise de regressão logística multivariada para avaliar os fatores associados às alterações gastrintestinais. Resultados: Observou-se alta prevalência de excesso de peso nas crianças com transtorno do espectro autista (64,1%), não sendo registrada nenhuma criança com déficit de peso. Um total de 34 crianças (84,2%) apresentava alterações gastrintestinais. O consumo de glúten esteve associado às manifestações gastrintestinais (β=0,38; IC95% 0,07-0,75; p=0,02). Conclusões: A elevada prevalência do excesso de peso deve ser tratada com maior atenção em crianças com transtorno do espectro autista. Foi observada a influência do consumo de glúten no aparecimento das alterações gastrintestinais, sendo necessário que as causas envolvidas nessas alterações sejam mais bem investigadas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Nutritional Status , Overweight/complications , Autism Spectrum Disorder/complications , Gastrointestinal Diseases/complications , Body Mass Index , Diet Records , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Glutens/administration & dosage , Glutens/adverse effects
14.
Rio de janeiro; s.n; 2018. 259 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS, BBO | ID: biblio-1007604

ABSTRACT

Os objetivos desse estudo foram avaliar a expressão de citocinas no soro e fluido gengival, a produção de arginina-peptidil-deiminase (anti-PPAD) e o perfil microbiológico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESj) e comparar com indivíduos saudáveis sistemicamente. Como objetivo secundário, avaliamos o impacto do tratamento da inflamação gengival sobre a expressão das citocinas e dos níveis de anti-PPAD. Participaram do estudo 30 pacientes com LESj (idade média: 16,2 ± 1,5 anos) e 29 sem doença sistêmica (idade média 15,5 ± 2,3 anos), ambos com gengivite. Foram coletados dados reumatológicos, periodontais, sangue, fluido gengival e biofilme intrassulcular. As citocinas foram analisadas pelo multiensaio multiplex; anti-PPAD pelo ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) e níveis bacterianos pelo checkerboard DNA-DNA hybridization. Para avaliar variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson; para as numéricas, o teste U de Mann-Whitney e para as correlações a estatística tau-b de Kendall. No estudo longitudinal, foi utilizado o teste de McNemar para dados qualitativos, e o de Wilcoxon para dados numéricos. No estudo transversal, o grupo teste apresentou maiores níveis de profundidade de bolsa à sondagem (PBS), nível de inserção clínica (NIC), % de placa e sangramento do que o controle. Na análise do soro, G-CSF foi significativamente maior e TNF-α significativamente menor no grupo teste. Na análise do fluido gengival, IL-1ß, IL-7, IL-8, IL-13, G-CSF, IFN-γ e MCP-1 foram significativamente maiores e IL-4, IL-12(p70) e GM-CSF significativamente menores no grupo teste. Não houve diferença significativa nos níveis de anti-PPAD entre os grupos. S. constellatus, A. actinomycetencomytans, E. saburreum, V. parvula, S. intermedius, C. showae e F. nucleatum foram significantemente mais numerosas no grupo teste e A. gerencseriae e T. denticola no grupo controle. Após o tratamento da inflamação gengival, o SLEDAI, %NIC 1-2 e NIC reduziram significantemente. Já os valores de PBS e %NIC 0 aumentaram. No soro, houve diminuição significativa da IL-4 e IL-5 e aumento significativo dos níveis de anti-PPAD após o tratamento. Já no fluido gengival, houve diminuição significativa da IL-1ß, IL-10 e MCP-1 e aumento significativo da IL-4, IL-12(p70), IL-17, GM-CSF e INF-α. Sendo assim, podemos concluir que pacientes com LESj apresentaram piores condições periodontais, PBS, NIC, % de placa e sangramento do que pacientes saudáveis sistemicamente. A análise de citocinas mostrou um aumento do G-CSF e TNF-α no soro e de IL-1ß, IL-7, IL-8, IL-13, G-CSF, IFN-γ e MCP-1 no fluido gengival dos pacientes com LESj. Foram identificados anticorpos anti-PPAD nos pacientes com LESj, o que pode servir como gatilho para a quebra da tolerância imunológica. O estudo longitudinal intervencionista demonstrou que o tratamento da inflamação gengival melhorou significantemente os parâmetros %NIC 1-2 e NIC. Houve uma pequena, porém significante, piora na PBS, a qual acreditamos não ter relevância clínica. Observamos também uma melhora significante no SLEDAI e dos níveis de IL-4 e IL-5 no soro e um aumento das citocinas IL-12, IL-17 e GM-CSF no fluido gengival. Já em relação ao anticorpo anti-PPAD, observamos um aumento significativo após o tratamento da inflamação gengival.


The objectives of this study were to evaluate the expression of cytokines in serum and gingival fluid, the production of arginine-peptidyl-deiminase (anti-PPAD) and the microbiological profile of patients with juvenile systemic lupus erythematosus (jSLE) and compare with systemically healthy individuals. As a secondary objective, we evaluated the impact of treatment of gingival inflammation on cytokine expression and anti-PPAD levels. Thirty patients with jSLE (mean age: 16.2 ± 1.5 years) and 29 without systemic disease (mean age 15.5 ± 2.3 years), both with gingivitis, participated in the study. Rheumatological and periodontal data, blood, gingival fluid and intrassulcular biofilm were collected. Cytokines were analyzed by multiplex multi-assay; anti-PPAD by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and bacterial levels by checkerboard DNA-DNA hybridization. Pearson's Chi-square test was used to evaluate categorical variables; Mann-Whitney U test for numerical variables and Kendall's tau-b statistic for correlations. In longitudinal study, McNemar test was used for qualitative data, and Wilcoxon test for numerical data. In cross-sectional study, test group presented higher levels of probing depth (PD), clinical attachment level (CAL), % of plaque and bleeding than control group. In serum analysis, G-CSF were significantly higher and TNF-α significantly lower in test group. In analysis of gingival fluid, IL-1ß, IL-7, IL-8, IL-13, G-CSF, IFN-γ and MCP-1 were significantly higher and IL-4, IL-12(p70) and GM-CSF were significantly lower in test group. There was no significant difference in anti-PPAD levels between groups. S. constellatus, A. actinomycetencomytans, E. saburreum, V. parvula, S. intermedius, C. showae and F. nucleatum were significantly more numerous in test group and A. gerencseriae and T. denticola in control group. After treatment of gingival inflammation, SLEDAI, % CAL 1-2 and CAL decreased significantly. Already the values of PD and % CAL 0 increased. In serum, there was a significant decrease in IL-4 and IL-5 and a significant increase in anti-PPAD levels after treatment. In gingival fluid, there was a significant decrease in IL-1ß, IL-10 and MCP-1 and significant increase in IL-4, IL-12 (p70), IL-17, GM-CSF and INF-α. Thus, we can conclude that patients with jSLE presented worse periodontal conditions, PBS, NIC, % plaque and bleeding than systemically healthy patients. Cytokine analysis showed an increase in serum G-CSF and TNF-α and IL-1ß, IL-7, IL-8, IL-13, G-CSF, IFN-γ and MCP-1 in gingival fluid of patients with jSLE. Anti-PPAD antibodies have been identified in patients with jSLE, which may serve as a trigger for impaired immune tolerance. Longitudinal interventional study demonstrated that treatment of gingival inflammation significantly improved % CAL 1-2 and CAL parameters. There was a small, but significant worsening in PBS, which we believe has no clinical relevance. We also observed a significant improvement in SLEDAI and levels of IL-4 and IL-5 in serum and an increase in cytokines IL-12, IL-17 and GM-CSF in gingival fluid. Regarding the anti-PPAD antibody, we observed a significant increase after the treatment of gingival inflammation.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Cytokines , Dysbiosis , Gingivitis/therapy , Lupus Erythematosus, Systemic , Antibodies , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Periodontal Index , Statistics, Nonparametric , Gingivitis/immunology , Gingivitis/microbiology , Lupus Erythematosus, Systemic/immunology , Lupus Erythematosus, Systemic/microbiology
15.
Arq. gastroenterol ; 54(3): 255-262, July-Sept. 2017. graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-888208

ABSTRACT

ABSTRACT BACKGROUND In recent years, especially after the development of sophisticated metagenomic studies, research on the intestinal microbiota has increased, radically transforming our knowledge about the microbiome and its association with health maintenance and disease development in humans. Increasing evidence has shown that a permanent alteration in microbiota composition or function (dysbiosis) can alter immune responses, metabolism, intestinal permeability, and digestive motility, thereby promoting a proinflammatory state. Such alterations can mainly impair the host's immune and metabolic functions, thus favoring the onset of diseases such as diabetes, obesity, digestive, neurological, autoimmune, and neoplastic diseases. This comprehensive review is a compilation of the available literature on the formation of the complex intestinal ecosystem and its impact on the incidence of diseases such as obesity, non-alcoholic steatohepatitis, irritable bowel syndrome, inflammatory bowel disease, celiac disease, and digestive neoplasms. CONCLUSION: Alterations in the composition and function of the gastrointestinal microbiota (dysbiosis) have a direct impact on human health and seem to have an important role in the pathogenesis of several gastrointestinal diseases, whether inflammatory, metabolic, or neoplastic ones.


RESUMO CONTEXTO: Nos últimos anos, especialmente a partir do desenvolvimento de sofisticados estudos metagenômicos, as pesquisas acerca da microbiota intestinal se intensificaram, transformando de forma radical os nossos conhecimentos sobre o microbioma e sua relação com a manutenção da saúde e o desenvolvimento de doenças no ser humano. Evidências crescentes demonstram que uma alteração permanente da composição ou da função da microbiota (disbiose) pode alterar as respostas imunológicas, o metabolismo, a permeabilidade intestinal e a motilidade digestiva, promovendo, dessa maneira, um estado pró-inflamatório. Tais alterações podem comprometer, sobretudo, as funções imunes e metabólicas do hospedeiro, favorecendo o aparecimento de doenças como diabetes, obesidade, doenças digestivas, neurológicas, autoimunes e neoplásicas. Este artigo de revisão é uma compilação da literatura disponível sobre a formação do complexo ecossistema intestinal e seu impacto na incidência de doenças como obesidade, esteatohepatite não alcoólica, síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, doença celíaca e neoplasias digestivas. CONCLUSÃO: Alterações na composição e função da microbiota gastrointestinal (disbiose) têm um impacto direto sobre a saúde humana e parecem ter um papel importante na patogênese de várias doenças gastrointestinais, sejam elas inflamatórias, metabólicas ou neoplásicas.


Subject(s)
Humans , Microbiota , Gastrointestinal Microbiome , Gastrointestinal Diseases/microbiology , Obesity/microbiology
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL